Desde muito cedo, o dia de Alessander Menezes Ferreira da Costa começa antes do sol nascer. Aos 48 anos, ele mantém o mesmo ritmo que o acompanhou desde a infância em Ouroeste, quando, ainda de botinhas, ajudava o pai no curral. Filho de produtor rural, cresceu imerso na rotina da pecuária leiteira, atividade que se tornou parte essencial de sua identidade. Entre o trabalho diário e a evolução tecnológica que transformou o setor, construiu uma trajetória que combina tradição, método e constante aprimoramento.
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Todos os dias, às 4h30, o ritual se repete: fechar o gado, realizar a ordenha, fazer o aleitamento artificial, preparar a silagem e garantir condições sanitárias rigorosas no curral. O rebanho é acompanhado individualmente. Cada animal tem nome, histórico e padrão de produtividade. A produção, feita em sistema de parceria, abastece indústrias como a Catupiry, onde Alessander está entre os cinco fornecedores de melhor qualidade, avaliação baseada em níveis de gordura, proteína, higiene da ordenha e contagem de células somáticas. A meta, afirma, é crescer sem perder o rigor técnico: “Produzir mais é um sonho, mas sempre com qualidade. É isso que faz diferença no leite”.
Formado em Medicina Veterinária, Alessander alia conhecimento técnico à prática diária e ao uso de ferramentas digitais que auxiliam na gestão do rebanho, no controle reprodutivo e no monitoramento dos índices de produção. Também orienta outros produtores, cria conteúdo na internet sobre pecuária leiteira e reforça a importância do aprimoramento contínuo. Mesmo com os avanços, lembra que persistem desafios, como o preço pago ao produtor e doenças que exigem atenção permanente, especialmente a mastite, que compromete a qualidade do leite. Para ele, aprimorar processos é uma busca constante. “Quando a gente assume a atividade de coração e com conhecimento, a produtividade melhora de verdade”.
Apesar da rotina intensa, Alessander mantém outra disciplina: a corrida. Meio-maratonista, já completou provas de até 21 quilômetros e segue treinando sempre que possível. No sítio, avança com um novo projeto: estufas de pimentão colorido, iniciativa que amplia a diversificação produtiva da propriedade. Entre madrugadas de trabalho e novos investimentos, ele mantém viva a relação com a terra onde cresceu e que moldou sua trajetória. É em Ouroeste, afirma, que encontra sentido para seguir produzindo, inovando e projetando o futuro que deseja construir.






